sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Como tudo começou

Neste post explico como o relacionamento com meu marido começou, ainda quando eu era au pair. Grande parte dos textos foram escritos na época que éramos namorados.


Eu sei que este post vai ser imenso, mas pra entender como eu encontrei o amor da minha vida - sim, ele é "o cara" - é preciso entender antes como foi o término do meu namoro, depois que eu vim para os Estados Unidos e, na época, "meu namorado", que ficou no Brasil. Então segue o post com detalhes.
Deixando bem claro que eu sei que muitos relacionamentos sobrevivem a essa mudança. Mas não foi assim com o meu. So, I had just gotten here in (North) America, in March 26th 2011, and...

Eu estava namorando há um ano e 4 meses, estava teoricamente feliz, pois ele sempre me apoiou a ser au pair e sempre me ajudou. Mas na verdade nosso relacionamento já não estava indo tão bem pq nossos objetivos estavam indo em direções diferentes. Eu decidi vir para os Estados Unidos, ser au pair, e sempre pensei em ficar dois anos, sim. Ele andava desmotivado, sem emprego, sem ânimo pra me escrever um email sequer durante uma semana inteira.

Depois de 3 meses, estávamos nos falando no máximo uma vez por semana (!!can you believe it?!!) e, eu, como sempre achei importante comemorar datas especiais - pois é por isso que elas existem! - resolvi fazer um vídeo no Dia dos Namorados. Eu tinha acabado de receber meu laptop que havia comprado e não tinha músicas, nenhum software que eu estava acostumada a mexer. Mas fui lá, com a força de sempre, vontade de demonstrar meu carinho (pq já não tinha aquele amor) e virei a madrugada, véspera do Dia dos Namorados no Brasil, pra mandar o vídeo antes que ele acordasse, pra que assim que ele abrisse o email, fosse a primeira coisa que ele visse.

Foi que no dia seguinte, não recebi nenhum comentário. Nenhum email. Nenhuma ligação. Daí eu liguei né, pra saber se ele tinha recebido o vídeo e pra desejar "Feliz Dia dos Namorados". Vou reproduzir mais ou menos como foi a conversa no telefone:

Eu: Feliz Dia dos Namorados!!! :)
Ele: Ah, valeu. Pra vc tbm.
Eu: E, daí, vc recebeu meu vídeo por acaso?
Ele: Ah...é, é, recebi sim.
Eu: E?
Ele: Legal.
Eu: Legal?
Ele: É. Legal.
Eu: Ah, vc sabe, ficou simples pq eu não tinha o software que tava acostumada, não tinha música alguma no meu laptop, vc sabe...
Ele: Tá bom.
Daí ficou nisso. Nenhum "Obrigado, adorei..." Eu chorei né. Me senti o lixo. Mas fui levando.
Daí lá pelos dia 30 de Julho eu, pela primeira vez, sai pra ir num bar com uma amiga brasileira recém chegada aqui. E foi quando eu vi o primeiro americano bonito de verdade, que chamou minha atenção. Sabe quando aquele gato aparece e vc não consegue tirar o olho dele? Foi assim comigo. Daí a minha amiga percebeu né e eu até falei pra ela que depois de três meses nos Estados Unidos, ele era o primeiro homem bonito de verdade que eu tinha visto. E ele era charmoso, sexy, etc.
E não é que ele reparou que eu existia? Daí ficamos trocando olhares. E eu tentei de todas as formas possíveis e imagináveis de jogar super charme e diretas pra que ele viesse falar comigo. Mas como a minha amiga me disse, "ele é americano e americano não vai chegar em vc, em um bar". Daí comecei a ficar nervosa né.

Ele foi lá cantar na banda (mas ele não era o cantor, era amigo dos caras). Daí enquanto ele cantava, ele só olhava pra mim e aquele momento foi inesquecível. Quando ele terminou a música, ele passou nas mesas cumprimentando todos e daí ele veio em nossa mesa pra pegar o "high 5", sabe quando a pessoa vem pra vc e fala "toca aí"? E daí eu bati na mão dele né e eu falei "But you don't sing that well" e ele olhou surpreso pra mim e disse "I don't care" e eu fiquei surpresa com a reação dele, daí falei "I'm just kidding!" daí ele pediu pra sentar na nossa mesa e ficou conversando comigo e minha amiga, perguntando de onde eu era porque meu sotaque (óbvio) era diferente.
Daí foi quando eu realmente acreditei que era possível existir um homem bonito, sexy, atraente e inteligente. Ele começou a conversar com a gente sobre regiões do Brasil, comidas típicas, cultura. E eu fiquei impressionada!! Realmente achei que ele fosse só um americano bonito. E só. Mas não. Fiquei feliz (eu, boba, né?) que ele era mais que um corpinho e um rostinho bonito.
Daí ele falou que ia dar uma volta, falar com os amigos. E eu pensei que ele fosse voltar, pedir meu telefone, né. Que nada. Como disse minha amiga, ele não iria fazer isso nunca! Daí ele veio se despedir de mim. Falou que tinha adorado me conhecer. E foi embora. "Bye".

Como assim? Um homem lindo e esperto desses aparece e desaparece desse jeito? Não pra mim! 
Um dos amigos dele que estava tocando na banda, veio conversar comigo pra me dar o cd deles e pediu pra eu adicionar a banda no facebook. CLARO que a primeira coisa que fiz quando cheguei em casa, às 2am, foi adicionar a banda e procurar o lindo no facebook. E não é que eu o encontrei? Mas não o adicionei. Ainda não era a hora. Eu ainda tinha um "namorado" no Brasil...

Na semana do meu aniversário, dia 5 de Agosto, eu estava em St. Louis com a hostfamily, e no meu free time eu ficava na internet. Daí eu resolvi mandar uma mensagem para aquele americano-lindo-e-simpático só pra ver se ele ainda se lembrava de mim. E ele se lembrou. E me aceitou no facebook uns dois minutos depois que eu pedi o request e começamos a nos falar. Eu, né, fiquei super animada, mesmo ainda 'tendo namorado'.

Foi aí que meu "namorado" resolveu ressurgir das cinzas e me enviou um vídeo de Feliz Aniversário. Sabe como foi o vídeo dele? Ele me falando "Daeeee Deh, Feliz Aniversário, tudo de bom!!! Parabéns, felicidades!! Fala aí com a minha irmã!!!"- Daí ele filmou a irmã dele me falando Parabéns e a vó dele tbm. Sabe qual foi a duração do vídeo? 0.45 segundos. Isso mesmo. SEGUNDOS! Depois de quase um mês inteiro sem se falar, mandando um email vago por semana, foi esse o vídeo que ele me mandou. Parecia que estava falando com 'os mano' dele. Eu me senti um lixo.
Fiquei com vergonha de mostrar esse vídeo pra minha hostmom. Pq meu hostdad tinha feito um vídeo pra mim (pq ele não viajou com a gente), daí quando eu assisti, eu chorei, pq foi o vídeo mais bonito que alguém já havia feito pra mim.

E daí eu fiquei pensando, "que tipo de namorado é esse que faz isso comigo?" E daí eu fiquei pensando, pensando, pensando...e na verdade eu não encontrei mais razão nenhuma pra estar namorando ele à distância depois do email que ele me respondeu (dois meses depois).

Bom, depois de um ano e quatro meses de namoro, eu ia passar no mínimo um ano nos EUA, então se a gente fosse continuar junto, eu realmente gostaria de ter certeza que ele quer ficar comigo pra sempre. Então teria que valer a pena. Ele teria que cultivar isso - não apenas eu!
Daí, não sei pq, fui empurrando.

Estourou tudo mesmo quando eu escrevi um email dizendo tudo o que eu estava sentindo. Sobre a ausência dele, mesmo antes de eu ir embora. Sobre o descaso em nunca ter me ligado aqui na minha casa, nunca ter escrito uma cartinha (ah é, ele me escreveu uma carta de uma página contando coisas que ele já tinha me contado online), nunca ter me valorizado de verdade, etc. Daí eu meio que dei o ultimato pra ele, falando que o nosso relacionamento só iria continuar se quando eu voltasse a gente teria de dar um passo adiante. Sabe o que ele me respondeu? NADA. Durante uma semana inteira.

Daí, deu no que tinha que dar. Eu mantive contato com o lindo-sexy-americano, que num belo dia me ligou e a gente acabou combinando de sair com mais dois amigos. Fomos dançar numa balada suuuuper doida (foi a primeira vez que fui em um night club). Daí conversa vai, conversa vem, depois de mil trocada de olhares, dançando daqui e dali...ele foi chegando mais perto, mais perto e....não resisti! Ele me beijou e é claro que eu me deixei ser beijada!!! E, ahhhhh, que beijo! Que pegada!!!!

E ficamos nos beijos.

Daí no dia seguinte - a culpa! Fui tomada pela culpa. Mandei email pro meu 'namorado', marcando de nos falar no Skype e ele não apareceu. Daí eu não conseguia nem dormir, insisti e no dia seguinte, dois dias depois do ocorrido, ele ficou online e eu confessei tudo. TUDO! 

 
Eu chorei. Ele chorou. Foi triste. E foi pior do que eu imaginei. Ele não quis terminar. Só que eu tive de terminar, porque não tem cabimento. Não terminei só porque o trai. Terminei porque o nosso relacionamento já tinha acabado há muito tempo. E ele não quis. Não aceitou. Não gostou. 

Não quis ser meu amigo, não quis mais conversar. E dou razão pra ele. Daí ele falou que iria sumir por uns tempos porque precisava colocar as idéias em ordem. Deletou facebook, sumiu do mapa.

E sabe o que é o melhor de tudo nessa história? A minha culpa foi embora. Porque no fundo, ele nunca me valorizou e nosso relacionamento já estava acabado há muito tempo. Então por que eu iria ficar me culpando?

Acabou. ACABOU!!! 

E foi aí, onde tudo começou!

...to be continued

*Você que acabou de ler o meu post, já passou pela mesma situação?

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