sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Wedding Day!

Eu não poderia deixar de fazer um post sobre o nosso casamento.

Logo depois que a minha família foi embora, bateu um desânimo, uma depressão terrível...
E pra ajudar, o clima na casa dos hosts estava horrível.
Eles inventaram de viajar pro México e eu fiquei. Deixaram uma lista quilométrica de afazeres pra mim.
Para mais detalhes, clique aqui.

Daí na noite do dia 20 de Agosto de 2012, quando tudo começou a acontecer (a maluca da host entrou no meu quarto gritando), foi quando decidimos que iríamos nos casar. No dia seguinte eu liguei pra minha mãe, contando tudo. Ela me apoiou, disse que ele já havia pedido permissão a ela e que eu deveria fazer o que eu achava melhor, desde que eu não estivesse desesperada. Eu não estava desesperada pra casar. Eu estava desesperada por não querer perdê-lo, perder a chance de ser feliz com ele. Não queria voltar para o Brasil sem ele. Só quem estava na minha pele poderá saber o que eu senti.

Resolvemos nos casar às escondidas - sem contar para hostfamily e Agência - porque senão eles iriam atrapalhar o meu processo de imigração. Entramos em contato com o advogado que já havíamos contatados meses antes (como disse, já estávamos planejando nos casar), e ele nos orientou a nos casar o quanto antes e não contar nada pra ninguém.

Na sexta à noite (quando meu namorado foi me buscar em na casa dos hosts pra passar o fim de semana), ele ficou na casa dele pra falar com meu pai por Skype para pedir a minha mão em casamento. Enquanto ele fazia isso, eu fui para o mall em Orland Park para procurar um vestido. Afinal de contas, mesmo sendo só no civil na courthouse, eu queria estar bonita para o nosso casamento.

Posso imaginar a cara da tia dele ao atender o telefone quando ele ligou pra ela dizendo "Tia, vou me casar amanhã de manha". Hahaha. Parece engraçado agora. Mas no dia, estávamos tão nervosos. Bom, pelo menos eu. Eu estava nervosa pela situação. Eu não tinha ninguém da minha família ao meu lado, mas foi lindo. Meu primo que mora em Indiana não pode ir pois estava embarcando no Brasil no mesmo dia. Mas o apoio dele foi fundamental, durante todo o processo.

Com a bênção do meu pai concedida por Skype, com a minha mãe ao lado dele e a minha irmã em outro estado, traduzindo, por video conferência, nos casamos em um sábado de manhã de sol, maravilhoso.
As fotos falam por si só:





Fui uma noiva sem dia da noiva. Acordei às 6am pra tomar banho, fazer uma escova no cabelo, tentar fazer uma maquiagem bonita. Não tive oportunidade de ir em nenhum salão para fazer nada. Eu pintei minhas unhas com base, pra não ficar muito "cheguei" nas fotos. Ah...e as fotos quem tirou foi a maravilhosa Marsha Ridings, com a minha câmera. Ela nos deu tanto apoio, tanto que jamais poderei retribuir. Um anjo em minha vida :)

Não tínhamos nem aliança. Quando decidimos nos casar, estávamos preocupados com o processo de imigração. Hoje meu marido sempre lembra o quão preocupado ele estava, ele achava que alguém iria me procurar e me mandar de volta para o meu país...sabe aquelas coisas de filme? Ele não queria me perder. E eu não queria perdê-lo. Então..rs...hoje parece até meio engraçadinho (ou não), mas na verdade não foi nada assim.

Saindo do casamento, fomos tomar café da manhã em um restaurante. A vó do meu marido pagou pra todo mundo, o que foi ótimo, senão cada um pagaria o seu. Hahaha. Não tivemos jantar para amigos, nada de recepção. Assim que o café da manhã chegou ao fim, fomos para o advogado começar a resolver tudo.

Estavam só começando os desafios para nós dois.
Mas uma coisa eu posso dizer: O amor só existe para os que acreditam nele. E a nossa história prova que o amor ainda é possível nos dias de hoje.

Muita gente nos pergunta por que nos casamos às pressas. O parágrafo acima responde a pergunta. Daí muita gente também pergunta (todo mundo quer saber da nossa vida, né) por que nós decidimos nos casar aqui, assim, sem avisar muita gente, coisa e tal. Bom, a resposta é muito simples. Nós quisemos assim. Nós já tínhamos ido ao advogado meses antes e sabíamos das opções. Nós queriamos a opção mais rápida e "reasonable"- o que eu chamo de menos cara, porque tudo custa caro. Eu poderia ter voltado para o Brasil, esperado lá por 6, 7 meses, para o processo de imigração ter validade, daí voltar para cá e com o visto de noiva me casar em até 90 dias. No final das contas, eu teria de me casar aqui do mesmo jeito, longe da família. Minha família inteira não viria pra cá. Então não fazia muito sentido...

Um dia, assim que Deus nos dê oportunidade financeira de fazer um casamento  na igreja, com recepção para amigos e familiares, faremos com certeza. No Brasil e aqui nos Estados Unidos. Mas por enquanto, o mais importante é a solidificação do nosso amor que tem sobrevivido a tantas batalhas até agora.


Love just exists for the ones who believe in it. And our story proves love is still possible nowadays.

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